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Posts Tagged ‘Eleições’

3 meses atrás publicamos o post abaixo:

“Este blog apoia a candidatura de José Serra para presidente do Brasil. Ele é o candidato mais preparado. Tem qualificação em economia, tem qualificação política (atualmente é ex-governador do Estado de São Paulo, tendo sido prefeito da cidade anteriormente), tem qualificação ética.
Penso que, além disso, é um candidato que projetará uma imagem diferente do Brasil no mundo, afastando-se de governantes como Hugo Chávez, Ahmadinejah – ditadores mais ou menos dissimulados – ou ex- governantes golpistas como Zelaya.
Nós brasileiros, lutamos muito para o restabelecimento da democracia no nosso país. Muitos brasileiros perderam suas vidas nessa luta. Portanto, é um desrespeito à memória desses brasileiros a aproximação do governo de nosso país a esse tipo de governante, além de ser decepcionante para nós, principalmente devido à esperança suscitada pelo governo do Partido dos Trabalhadores.
O país precisa se aproximar mais dos Estados Unidos, principalmente do governo Obama. E José Serra apresenta perfil político que certamente o levará a se afastar do antiamericanismo, sub-ideologia implícita na política externa atual, além de aproximar-se das lideranças mundiais que apóiam os valores democráticos”.

A campanha do candidato se incumbiu de reafirmar seus princípios, além de delinear a nova política externa do Brasil em eventual e provável governo Serra.

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A campanha da candidata Dilma está alvoroçada, com problemas para todo lado. O super-coordenador José Eduardo Dutra disse que com o fato de a eleição ter ido para o 2º turno “houve uma sensação de prostração”. disse ainda que essa sensação “foi rapidamente superada”. Essa frase – “foi rapidamente superada” – fica por conta dele. A realidade está mostrando outra coisa.
Há notícias de que a distância entre Dilma e Serra caiu substancialmente. Ou seja, a candidata Dilma não ampliou sua vantagem nos primeiros dias do 2º turno. Isso é coerente com os fatos de os eleitores continuam a ter muitas restrições à candidatura de Dilma, em relação a inúmeros temas.
A coordenação da campanha de Dilma se apressou em apagar o incêndio em relação ao tema do aborto e, para isso, chamou os líderes evangélicos para coordenarem sua extinção (do incêndio). Ocorre que os eleitores não estão atrelados às suas lideranças. Pensam por conta própria e querem ser ouvidos. E, para falar a verdade, todos sabem que Dilma mudou de posição em relação a esse tema, em função da eleição. Quer dizer, sua posição atual é meramente eleitoreira. Os eleitores sabem disso.
Outra questão diz respeito à união da coalizão em torno de Dilma. Notícias de vários pontos do país – Minas Gerais, Bahia, Rio de Janeiro, etc, – dão conta de problemas existentes entre os próprios apoiadores da candidata, relacionados ao hegemonismo do PT. Sabe-se que a direção da campanha é composta apenas de líderes do PT. Líderes dos partidos da coalização querem participar da coordenação.
O Sr. Ciro Gomes foi chamado para participar da coordenação. Isso gerou críticas de integrantes do PMDB, partido que teve um papel importante no combate à ditadura e que já foi chamado por Ciro de “agrupamento de assaltantes”;
Outros problemas envolvem conflitos entre os dois maiores partidos dessa coalizão (PT e PMDB), como a disputa antecipada entre eles sobre quem comandaria a Câmara dos Deputados em eventual governo Dilma. Na Bahia, líderes do PMDB, que perderam a eleição, sentem-se traídos pelo PT que não os apoiou.
Assim, em diversos estados, dado que a eleição não se definiu no 1º turno, os problemas começam a aparecer. Grande parte disso tudo resultou da não definição da eleição no 1º turno, que gerou a seguinte reflexão: como que o índice de popularidade de Lula, em torno de 80%, não garantiu a votação para sua candidata por volta desse mesmo índice, senão que apenas de 47% dos votos?
Ficou claro que o presidente não conseguiu transferir sua popularidade para sua candidata. Além disso, os votos da oposição somaram cerca de 54%, ou seja, a maioria dos votos.

Todas essas questões abalaram a crença dos governistas e abriram um abismo de incerteza quanto à vitória da candidata, o que criou um forte alvoroço na campanha dilmista.

E, pelo que sinto nas ruas, a candidatura de José Serra não só está sendo um osso duro de ser roído pelos governistas como corre bem o risco de ganhar essas eleições.

Com o apoio desse blog, é claro!!!!!!!!

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Os votos dos brasileiros, no 1º turno, determinaram que a escolha do candidato a presidente do Brasil deve ser feita no 2º turno. A democracia agradece.
Um fato político incontornável e da maior relevância foi a votação da candidata Marina Silva, bem perto dos 20% dos eleitores. Agora, com o 2º turno, que opção deveria fazer a candidata Marina Silva e seus eleitores?
Penso que Marina deveria apoiar claramente o candidato José Serra, por duas razões, complementares:
1ª razão: Marina praticamente teve de sair do Governo Lula, por discordâncias deste em relação a políticas ambientais apoiadas pela então Ministra. Não faz sentido, agora, Marina apoiar a candidata do governo com quem teve sérias divergências durante o tempo em que era ministra. A provável mudança de opinião da candidata Dilma em relação ao meio ambiente deve ocorrer por razões eleitoreiras. A Sra. Marina sabe disso. Para maior esclarecimento das divergências entre Marina e Dilma, ver o incrível artigo Trilhas Opostas, da jornalista Mírian Leitão, no Jornal O Globo, de hoje (7/10/2010).
2ª razão: O programa do candidato José Serra prevê vários pontos relacionados ao meio-ambiente: moratória do desmatamento, pagamento por serviços ambientais, comitês de bacias hidrográficas, Rio São Francisco, economia verde, diesel limpo, etc., que certamente teriam o apoio de Marina. Além disso, José Serra foi governador de São Paulo e o Partido Verde participou de seu governo. O governo de serra avançou muito nesse aspecto e, por isso, o estado de São Paulo tem sido visto como um dos estados que mais avançou em políticas relacionadas às mudanças climáticas.
Essas duas razões, certamente conhecidas por Marina Silva, vão pesar na sua decisão de apoiar o candidato José Serra. Por uma questão de coerência.
Então… vamos cerrar fileiras. Agora é Serra! Presidente do Brasil!

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O blog Generación Y publicou o post abaixo, que reproduzimos para nossos leitores: 

Tomando nota

 mivoto

 

Lo que ocurre en Irán y su difusión a través de Internet, es una lección para los bloggers cubanos. También los autoritarios del patio deben estar tomando nota de cuan peligrosos resultan –en estos casos– Twitter, Facebook y los teléfonos móviles. Al ver a estos jóvenes iraníes utilizar toda la tecnología en función de denunciar lo injusto, reparo en todo lo que nos falta por hacer a quienes mantenemos una bitácora desde la Isla. La prueba de fuego de nuestra incipiente comunidad virtual aún no ha llegado, pero quizás nos sorprenda mañana… con el agravante de la poca conectividad. En los itinerarios bloggers, que hacemos cada semana, hemos visto un pequeño video sobre los cibernautas iraníes. Hoy lo he vuelto a mirar, en sustitución de esas imágenes de las manifestaciones que nuestra televisión oficial se niega a mostrar. No he contemplado los rostros pintados de verde, ni he oído a ningún locutor hablar de los siete fallecidos, pero con este breve corto animado ya puedo imaginármelo todo. Visualizo a toda una generación hastiada de viejas estructuras que quiere cambios, a gente –como yo– que ha dejado de creer en líderes iluminados que nos guían como rebaño. En medio de todo eso están –para nuestra satisfacción– los bytes y las pantallas modificando la forma de protesta. En días como este lamento mucho no poder estar online, me asfixia la insoportable condición de enterarme tarde de todas las noticias. Si aún hay tiempo para dar mi solidaridad a los bloggers iraníes, pues aquí va un post para decirles: “Hoy son ustedes, mañana bien podríamos ser nosotros”.

Fizemos a tradução desse texto, que transcrevemos abaixo, desde já com as desculpas por eventuais erros:

Tomando nota

O que ocorre no Irã e sua difusão através da Internet é uma lição para os bloggers cubanos. Também os autoritários do pátio devem estar tomando nota do quão perigoso resultam – nestes casos – Twitter, Facebook e os celulares. Ao ver estes jovens iranianos utilizar toda a tecnologia para denunciar o injusto, percebo tudo o que nos falta fazer …….desde a Ilha. A prova de fogo de nossa incipiente comunidade virtual ainda não chegou, mas quem sabe nos surpreenda amanhã…com a agravante da pouca conectividade. Nos itinerários bloggers, que fazemos cada semana, vimos um pequeno vídeo sobre os cibernautas iranianos. Hoje voltei a olhá-lo, em lugar das imagens das manifestações que nossa televisão oficial se nega a mostrar. Não contemplei os rostos pintados de verde, nem ouvi nenhum locutor falar de velhas estruturas que quer mudanças, nem a pessoas  – como eu – que deixaram de acreditar em líderes iluminados que nos guiam como rebanho. Em meio de tudo isso estão – para nossa satisfação – os bytes e as máscaras modificando a forma de protesto. Em dias como estes,  lamento muito não poder estar on line, me asfixia a insuportável condição de inteirar-me tarde de todas as notícias. Se ainda há tempo para dar minha solidariedade aos bloggers iranianos, aqui vai um post para dizer-lhes: “hoje são vocês, amanhã bem poderíamos ser nós”.

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Obama é o presidente eleito e já fez história. Seu nome será lembrado para sempre na história dos EUA e na história do mundo. Sinto-me profundamente agradecido a Deus por presenciar esse momento. Com esse fato de ontem podemos concluir que no mundo as pessoas compreendem mais a diversidade cultural, aceitam mais o convívio pluralista são mais tolerantes.

É uma vitória da inteligência e do conhecimento sobre a ignorância e o obscurantismo. Uma revolução na maneira de pensar comparável à revolução copernicana.

Nunca mais o mundo será o mesmo pois não se voltará a falar sobre a suposta ‘inferioridade racial dos negros”. E tudo isso sem que, em nenhum momento, tenha-se utilizado o tema “racial” para afirrmar-se. Estamos todos de parabéns, negros, brancos, amarelos, vermelhos, etc.

E parabéns também para algo oculto em tudo isso: a grande antropologia americana, que disseminou a visão pluralista: Margareth Mead, Franz Boas (alemão que fez carreira nos EUA e difundiu o moderno conceito de cultura) e, é claro, a Clifford Gertz, morto recentemente. De todos eles vêm as raizes intelectuais da visão contemporânea e pluralista demonstrada pelos americanos nessas eleições.

Um abraço a todos.

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O mundo inteiro está na expectativa do resultado eleitoral nos EUA. As sondagens eleitorais dão vitória para Barack Obama. Caso se confirme, um novo momento histórico vai se iniciar, tão ou mais importante do que a queda do muro de Berlim ou a debâcle da URSS.

Logo saberemos como será a reação mundial. Uma verdadeira tsunami de notícias vai ser produzida, dos mais variados aspectos. Momento único da história mundial.

Só mais um pouco!!!

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Logo após o post anterior visitei o blog naamerica.blogspot.com/ (que recomendo), onde é possível ver as seguintes hipóteses de Obama ganhar as eleições, mesmo perdendo na Pensilvânia:

A: “Estados Kerry” (excepto PA) + Iowa + Novo México + Florida.
B: “Estados Kerry” (excepto PA) + IA + NM + Ohio + Colorado.
C: “Estados Kerry” (excepto PA) + IA + NM + Virgínia + North Carolina.
D: “Estados Kerry” (excepto PA) + IA + NM + VA + Colorado + Nevada.

Tudo vai depender, portanto, da combinação eleitoral que ocorrerá. Aguardemos.

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O site FiveThirtyEight.com publica hoje alguns cenários estatisticamente possíveis nas eleições americanas. Reproduzimos aqui os principais:

Possibilidade de:

1) Empate no Colégio Eleitoral – 0,07%
2) Obama vencer no voto popular – 96,8%
3) Obama vencer de ‘lavada’(landslide), ou seja, com 375 ou mais delegados – 38,45%
4) Obama perder em Ohio e vencer a eleição – 81,17%
5) Obama perder em Ohio e na Florida e vencer a eleição – 76,20%
6) Obama vencer nos Estados em que Kerry venceu em 2004 – 97,71%

Como se vê são reais as possibilidades do Sr. Obama vencer as eleições nos EUA na próxima 3ª feira. Mas teria de ser vitorioso em todos os estados ganhos por Kerry (Kerry states) em 2004 (ver item 6), inclusive a Pensilvânia. Isso porque se vencer all Kerry states/2004, ele teria de saída um total de 264 delegados (lembrando que para vencer são necessários 270 delegados). Bastaria, então, vencer em apenas 01 dos Bush states/2004, como o Colorado, onde está em vantagem nas pesquisas. Portanto, a chave para a compreensão dos itens 4 e 5 está no item 6, que inclui o estado da Pensilvânia. Obama está liderando nesse Estado segundo todas as pesquisas. No entanto, nesse Estado a eleição ainda está indefinida pois McCain tem jogado todas suas fichas ali nos últimos dias.
Portanto, temos de esperar até o dia 4 de Novembro.

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Novamente o jornalista Bruno Garcez – enviado especial da BBCBrasil à South Bend (Indiana) – escreve uma matéria bem interessante (publicada no site da BBCBrasil), através da qual podemos inferir as novas relaçoes entre a cultura e a política nos EUA. A matéria tem o seguinte título: “QG de Obama em Indiana é ‘vizinho’ da sede da Ku Klux Klan” .

Diz, em síntese, que o escritório eleitoral da campanha de Obama no Estado de Indiana fica a cerca de 18KM da sede da organização supremacista branca KKK, a qual ainda está ativa. Diz, também que um de seus líderes mora numa pequena cidade – Osceola – e que promovia passeatas na região há dez anos atrás.
Mas o foco central da matéria é sua constatação de que, depois de desenvolver intensas atividades, no início do século passado, em Indiana, e contar com uma forte base militante, as atividades da ‘Klan’ veio diminuindo. Citando a jornalista Nancy Sulok, do jornal South Bend Tribune, a reportagem diz que ainda na década de 90 foi possível organizar comícios em Indiana, com a participação de pessoas de diversas partes dos EUA. No entanto, essas atividade foram diminuindo aos poucos à medida em que, várias “pessoas começaram a promover eventos de conscientização com ajuda de igrejas locais para esclarecer os moradores sobre o que a KKK representava”, ainda conforme a citada jornalista.
Finalmente, a reportagem transcreve falas de moradores relacionando essa questão do racismo com as eleições americanas.

Cita, em primeiro lugar, Ken Baierl, morador de South Bend e eleitor de Barack Obama. Para ele, os moradores locais já superaram o legado racista:

”As pessoas estão olhando para Obama pelo que ele representa, não pela sua aparência. As pessoas não estão preocupadas com a raça dele e sim com o que ele pode fazer pelo país. E isso é um grande passo para os Estados Unidos.”

Cita outro eleitor do candidato democrata, Doug Archer, que põe em dúvida a possibilidade de o racismo ter sido eliminado da vida local, porém acredita que o pior já passou:

”Acho que (o racismo) ainda não desapareceu. Há atitudes que ainda permanecem e que remetem a gerações passadas. Mas espero que a maioria tenha deixado isso para trás. Ele (Obama) está olhando para o futuro e falando para todos os americanos.”

Faço os seguintes comentários: Em primeiro lugar cabe destacar a sensibilidade do jornalista. Em meio a um tsunami econômico-financeiro, onde todos só falam de economia para explicar a ascensão do candidato democrata, ele vem destacando aspectos, digamos, submersos, mas não menos importantes dessas eleições presidenciais.
Dá para observar o seguinte: houve uma evidente decadência da sub-cultura racista na América. Penso que esse fenômeno foi seguido da disseminação de uma visão mais multicultural, de aceitação do plurarismo cultural e, conseguentemente, da tolerância inter-racial. Caso seja correta essa hipótese, teria isso a ver com a educação americana dos anos 70, 80 e 90? Não posso dizer pois desconheço o que aconteceu com a educação americana nessas décadas.
Mas, certamente, a candidatura do Sr. Barack Obama tem a ver com isso, também. Muitos dizem que a origem de tudo estaria na luta dos direitos civis da década de 60. Concordo. Mas se não tivesse havido alguma mudança cultural posteriormente, atribuível à educação, poderia até haver candidato negro, mas não candidato negro com chances (muito) reais de governar os EUA.

Olhem bem as seguintes frases ditas pelos entrevistados:

“As pessoas não estão preocupadas com a raça dele e sim com o que ele pode fazer para o país. E isso é um grande passo para os Estados Unidos”.

“Ele (Obama) está olhando para o futuro e falando para todos os americanos”.

São frases que mostram uma grande abertura cultural. E estão absolutamente corretas.

Acrescentaria uma pequena coisa: Obama está falando para o mundo também e sua eleição é um grande passo para a humanidade…não só para os EUA.

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Trecho reproduzido de reportagem do jornalista Bruno Garcez, da BBC-BRASIL, publicado no Site Terra em 27/10/2008, em relação à campanha eleitoral no estado do Indiana:

“Em Indiana, as sondagens mais recentes indicam uma disputa emparelhada entre o republicano e o democrata. Segundo a média agregada de 22 levantamentos feita pelo site Real Clear Politics, Obama contaria com 47,3% contra 46,8% de McCain.
Racismo
Uma cifra impressionante não apenas pelo fato de que Indiana não conta com uma tradição de voto em candidatos democratas, mas também pelas raízes de intolerância racial ainda hoje presentes no Estado.
Indiana foi um dos berços da organização supremacista branca Ku Klux Klan, que, no passado, promoveu assassinatos, estupros e linchamentos de negros, muitas vezes com a conivência, quando não com a colaboração, de autoridades locais.
Um dos quartéis generais da organização é situado perto da cidade de South Bend, que abriga um ativo QG de Obama, que conta com ativistas brancos e afro-americanos e até mesmo com uma republicana.
Jessie Boechert comanda o grupo Republicans for Change (Republicanos por Mudanças), que conta com outros 25 dissidentes do Partido Republicano, explica o que a motivou a passar para o campo adversário.
“A principal razão é a economia, que afeta os republicanos também. E é algo que eu percebo toda vez que eu vou ao supermercado. Há muitas pessoas sofrendo, pessoas que perderam seus empregos. E a guerra (do Iraque) também foi um fator. Ele (Barack Obama) traz uma perspectiva nova. Não é como todos esses políticos que estão há anos e anos em Washington”, afirma.
Butch Morgan, que preside o distrito democrata que abrange South Bend e imediações afirma que os eleitores do Estado desenvolveram uma relação passional com o candidato democrata e se desiludiram com as políticas econômicas dos últimos oito anos.
“A situação econômica e as decisões do governo Bush afetaram muitas pessoas. E, além disso, eu tenho visto desde a disputa das primárias que Barack Obama está conseguindo atrair pessoas de todas as idades e raças. Se ele chegar à Casa Branca, vai enterrar de vez os velhos preconceitos.”

Já mencionamos aqui nesse Blog a capacidade do Sr. Obama em dissolver preconceitos. Isso é uma característica sua que requer um estudo mais profundo. Mas a situação acima tão vivamente descrita acentua esse aspecto do candidato democrata.

No entanto, além da explicação econômica de porque as pessoas estão apoiando o democrata, tenho a impressão que também – aliás uma coisa que ainda não vi nenhum comentário – que a sociedade americana desenvolveu nos ultimos anos uma visão multicultural , aberta à diversidade e às diferenças culturais. Conversas com um ‘amigo americano’ é a base dessa minha idéia. Isso, inclusive, permitiu a ascensão de um político como o candidato democrata, acrescentando que ele é uma pessoa muito bem preparada. Quero dizer, não seria suficiente a abertura ‘cultural’ da sociedade americana se o candidato não tivesse o preparo para enfrentar os desafios do momento. O indivíduo sempre tem um papel na história. Líderes da história mundial como Lênin, por exemplo, foram essenciais para que determinadas ações históricas obtivessem sucesso. Claro, só estou querendo mostrar a importância do individuo na história e não compará-los.

Mas, concluindo, em síntese digo que a dimensão da mudança cultural da sociedade americana é um aspecto pouco acentuado na explicação para o surgimento, apoio, ascensão e possível vitória do Sr. Obama nas eleições presidenciais de 2008 nos EUA.

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