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Archive for the ‘Nova Ciência’ Category

No dia em que a mídia começou a noticiar o terremoto ocorrido no Japão observamos o que se pode definir como sendo uma “resposta padrão” dos vários especialistas face as perguntas a eles feitas por jornalistas.
Diziam o seguinte: “O terremoto ocorrido no Japão tem uma intensidade grande, comparável a muitas bombas atômicas. Eventos como esse aumentaram de frequência nos últimos 10 anos e resultam da ‘dinâmica interna da terra’, isto é, são o resultado de causas geológicas e não climáticas”. Essa é a resposta padrão.
Invariavelmente os jornalistas fazem a seguinte pergunta: “Por quê aumentou a frequência desses eventos na última década?”.
Diante dessa questão, todos, repito, todos os especialistas não oferecem qualquer resposta satisfatória. Ao contrário, eles enveredam por inúmeros detalhes de inúmeras ponderações que, no fim, quer dizer uma só coisa: eles não sabem como responder a essa questão.
Fiquei pensando em Thomas Kuhn que escreveu um livro decisivo para se pensar a ciência: A Estrutura das Revoluções Científicas. Nesse livro ele define o que vem a ser paradigma: “um paradigma, é aquilo que os membros de uma comunidade partilham e, inversamente, uma comunidade científica consiste em homens que partilham um paradigma”.
Os especialistas que são indagados pela mídia são, essencialmente, “homens que partilham um paradigma”, isto é, compartilham um modelo de ciência que está tão internalizado em suas cabeças que são incapazes de criar, imaginar, especular, desenvolver um raciocínio ainda que hipotético que lance luz sobre as prováveis causas da maior frequência de terremotos na última década.
Dessas pessoas a humanidade não deve esperar um conhecimento que a faça avançar… pois elas estão presas ao modelo de pensamento dominante, que as domina.
Vivemos uma época que a humanidade está precisando muito de um “Copérnico”, de um “Galileu”, enfim, de pessoas que com sua luz, quebre o paradigma dominante, e nos faça mudar nossa maneira de ver o mundo… enquanto há tempo.
Tivéssemos já novos pensadores e talvez não estaríamos sofrendo tragédias como essa que se abateu sobre o Japão.

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